Vão-se os dias
assim
de leve
azul
em processo de volição,
em grau explosivo,
cinestesia,
sede,
fome,
fome,
fome...
Sente daí?
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Além da vida
É a vida,
Ela é assim:
Insiste em dizer que não e testa o que tem em mim.
Dentro.
Batendo.
Doendo.
Correndo com os dias sem fim.
É, é ela,
Que veio me olhando assim:
Dizendo que menos 4 faria diferença em si.
Fora.
De longe.
Buscando.
Marcando o seu nome aqui.
Tá vendo que não tá certo,
Seguir o meu traço incerto,
Cobrir desenho sem forma,
Querer o que não volta.
Tem hora.
Tá vendo que não é fácil,
Chorar no meio do filme,
Sorrir já parece crime,
Cantar em tom retrátril.
Sem fardo.
Mas nada vai te tirar daqui de dentro:
Batendo, doendo, correndo, dizendo, fora, de longe, buscando e marcando (...)
E assim eu canto o que o pranto desperta em mim.
Eu canto o meu coração em ti.
Alguém?
Preciso de alguém
pra me fazer acreditar em tudo
de novo;
pra mentir sobre quem é,
sobre o que é;
pra me fazer carinho
sem pedir em troca,
de graça,
sem pirraça.
Preciso de alguém
pra uma outra primeira vez;
pra me fazer sentir sensações inéditas,
pra me querer por inteiro
todos os segundos
do tempo todo;
pra ter amor de sobra,
sem dengo.
E mais ou menos depois de um ano
eu preciso de um outro alguém;
e outro, e outro, e...
quantos forem necessários.
Seja do jeito que for.
Só não quero parar de pulsar.
Não posso.
Pra você (Pra dar sorte)
Traço incerto, passo certo,
luz no fim do túnel-íris,
ouro em pote pra dar sorte
pra você.
Trevo em folha, pé de coelho,
olho grego, ferradura,
sal do grosso, figa e arruda
pra te proteger.
Espada de São Jorge olhai minha casa
da porta de entrada.
Comigo ninguém pode.
Minha defesa tá armada,
pra dar sorte,
pra você.
É o que fica
e eu reparei
e resolvi escrever
porque no fim é o que fica.
É o que fica!
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