segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Eu, reticências (...)


Engoli
diversos pedaços de cacos de vidro
com gosto doce de uma saudade
sem respostas

e senti o sabor do desespero
do despertar
de um equilíbrio desequilibrado

e chorei feito uma criança
que caiu do balanço,
feito um pesadelo que não dá pra lembrar pra contar
só o susto
só o grito

e pedi licença

entendi tudo que li antes de engolir
mas doeu, sem necessidade de um porque,
e me fez querer que o bem do mundo inteiro
chegue onde os meus braços não alcançam
O meu coração tá lá pra ajudar

engoli
metade das palavras que estão aqui dentro
desejando passear sem freio
e me tornei reticências.

(...)

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